Quantas vezes observamos potes de iogurte, sacolas plásticas, entre outros objetos, largados em rios, córregos e mares? Há algum tempo, um vídeo de um canudo sendo tirado do nariz de uma tartaruga voltou a viralizar na internet, chamando mais uma vez atenção para a necessidade do descarte correto de lixo doméstico, que não deve ser feito na natureza, e que impacta diretamente na vida de todo um ecossistema. Porém, dar um destino acertado aos resíduos ainda é um problema enfrentado na maioria das cidades brasileiras.
Poluição das águas
Com a falta de investimento em saneamento básico, problemas no tratamento das águas, perda da vegetação nas margens de rios, além do descarte de resíduos feitos por empresas e o consumo exagerado de produtos plásticos, a recuperação das águas ao redor do mundo é um desafio muito maior do que imaginamos. Uma pesquisa feita pela Organização das Nações Unidas, em 2010, apontou que para cada mil litros de água utilizada pelo homem, há 10 mil litros de água que não estão em condições de uso por conta da poluição.
No Brasil, apenas em relação às áreas litorâneas, uma pesquisa feita de janeiro a outubro de 2017, pela Folha de São Paulo, analisou 1.217 praias em 13 Estados para descobrir quais eram impróprias para banho. A análise constatou que, do total de locais, 335 praias eram ruins ou péssimas, sendo 234 delas localizadas em grandes cidades.
Este ano, um estudo publicado na revista científica Marine Policy, revelou que há presença de resíduos de materiais plásticos na Fossa das Marianas, um abismo com mais de 11 quilômetros de profundidade, localizado no Pacífico. Lembrando que uma sacola plástica leva cerca de 450 anos para se decompor.
O que fazer para evitar a poluição das águas
Como boa parte da poluição hídrica acontece por falta de saneamento básico, um passo importante é cobrar dos governos municipais e federais o acesso ao serviço e também à água. Mas há pequenas atitudes que podem ajudar a diminuir a quantidade de resíduos em ambientes naturais como:
1. Não jogar lixo nos rios, lagos e mares;
2. Ter sempre uma sacola, de preferência biodegradável, para recolher resíduos ao frequentar locais como praias, mananciais, etc. E descartá-la no local correto (lixeiras);
3. Nunca descartar óleos diretamente em pias. Coloque-os em garrafas PET e leve-os a um posto de coleta próximo;
4. Não fazer ligações clandestinas em esgotos, eliminando-o em córregos;
5. Não utilizar produtos tóxicos em processos químicos e agropecuários sem os filtros adequados. Caso perceba a eliminação inadequada desses resíduos em locais impróprios, denuncie.
Gestão Ambiental
Para garantir o uso racional de recursos naturais e um controle maior da poluição gerada pela população, incluindo nas águas, entra em ação o gestor ambiental. Trabalhando tanto em áreas rurais quanto urbanas é ele quem faz a análise do impacto das atividades humanas no meio ambiente para enfim propor programas de reciclagem e educação ambiental. A ação do profissional é fundamental para a aplicação de medidas eficazes que ajudem a reduzir os impactos ambientais e preservar a biodiversidade.
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