Por: Henrique Nascimento
Mais de 6 milhões de estrangeiros desembarcaram no Brasil no ano de 2015 segundo dados do Ministério do Turismo divulgados em 2016. Esse número representa o potencial turístico internacional do país, sem contar com os brasileiros que realizam viagens turísticas intermunicipais e interestaduais.
O ramo do turismo é promissor e há vários profissionais na área. No entanto, de acordo com Amanda Braga, formada em Gestão em Turismo, muitos dos profissionais que se encontram no mercado não possuem a formação acadêmica necessária para melhorar os serviços prestados. “A gente precisa brigar para que as pessoas que trabalham na área tenham essa formação, isso vai qualificar o serviço do turismo”, afirma.
Por conta disso, separamos alguns benefícios que o diploma de turismólogo pode trazer a quem tem interesse em trabalhar com a área. Confira!
Gestor holístico: uma vantagem em ser um profissional formado
A área de turismo é ampla e apresenta uma gama de possibilidades para o profissional. Por isso a grade curricular do curso superior em Turismo é multidisciplinar. Há uma preocupação voltada para que o aluno se torne um gestor holístico. A palavra holístico faz referência a quem procura um entendimento integral dos fenômenos. Ou seja, um profissional do turismo que domina integralmente todas as possíveis atribuições que pode ter.
E não são poucas atribuições, a lista feita feita por Amanda Braga contempla várias áreas de atuação. “O turismólogo pode trabalhar na área de hotelaria, trabalhar com agenciamento, planejamento, área de gestão, comunicação, eventos, produção cultural, planejamento e execução de atividades recreativas”. Podendo ainda desempenhar as funções de tradutor ou gestor de alimentos e bebidas. Além da possibilidade de cursar pós-graduação e ser professor da área.
Empatia: uma habilidade necessária
Nem só de competências técnicas vive um turismólogo. Amanda Braga afirma que é fundamental que o profissional goste de trabalhar com pessoas e destaca a empatia como a habilidade principal do profissional. “[...] Eu acho que a habilidade principal que um turismólogo deve ter é essa empatia. Se colocar no lugar do outro. Quando você fala de turismo [que] é uma coisa muito séria, você mexe com os sonhos dos outros”.
Empreender: uma opção possível
Não só os clientes possuem sonhos, os que trabalham como turismólogos também. Um deles pode ser o ter seu próprio negócio, algo que é possível. Amanda observa que alguns alunos do curso já possuem suas agências de turismo e estão em busca de novos conhecimentos para colocar em prática e melhorar o serviço prestado. Durante o curso o aluno tem contato com disciplinas de empreendedorismo e pode, ao concluir, abrir seu negócio.
Salário atrativo
“A média salarial, hoje, para um profissional de turismo, de acordo com uma pesquisa que fiz esses dias, está entre 1.200 reais, nos hotéis, até 30.000 reais, se ele for um gestor ou presidente de uma grande organização do turismo”. Como apresentado por Amanda, os valores podem variar a partir do cargo ocupado por um profissional formado. Contudo, as possibilidades de crescimento no ramo são reais: “se o aluno é estudante ainda, mas já está trabalhando na área de hotelaria como recepcionista, ele pode ganhar 1.200 reais, mas como ele vai crescendo dentro do hotel, esse salário pode ir aumentando”.
Segunda língua: um fator chave para a empregabilidade
Lembra do número de estrangeiros que vieram ao Brasil em 2015 apresentados no início dessa matéria? A maioria deles vinha da Argentina, que ocupa o primeiro lugar, seguido de visitantes do Estados Unidos, Chile e Paraguai. Portanto, não é provável pensar em turismo para atender esse público sem a comunicação básica em outra língua. “O imprescindível para um aluno de turismo é ele ter um outro idioma. Ele precisa ter o inglês e o espanhol, no mínimo, para atuar com mais segurança na área”, destaca Amanda.
Durante o curso o estudante entra em contato com disciplinas de línguas estrangeiras e se possuir o objetivo de trabalhar com o turismo internacional deve aprimorar-se na área. “Mas, se ele for, por exemplo, fazer recreação em festas, uma coisa mais regional e local, ele não vai precisar do idioma”, contrapõe Amanda.
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