Tire 3 principais dúvidas sobre câncer de pulmão

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de pulmão é o maior em número de casos em todo o globo. Só o Brasil, de acordo com Instituto Nacional do Câncer (INCA), soma cerca de 28.220 novos casos de tumores pulmonares por ano. Em uma pesquisa, a Global Lung Cancer Coalition (GLCC) apontou que 147 mil mortes em território brasileiro estão relacionadas ao tabagismo, prática associada a cada oito de dez pacientes diagnosticados com câncer de pulmão.

 

A GLCC também identificou que metade da população do Brasil sequer consegue citar um dos sintomas desse tipo de câncer. Estar bem informado é de extrema importância para o diagnóstico prévio da doença e o tratamento ainda nos estágios iniciais. Por isso, no Dia Mundial da Contra o Câncer, lembrado neste domingo (4), explicaremos aqui três das principais dúvidas em relação ao câncer de pulmão que são fundamentais para que você fique atento.

 

 

Dependendo da localização do tumor, os sintomas do câncer de pulmão podem variar. Um deles é a tosse geralmente seca e com duração acima de três semanas. Para fumantes com tosse crônica, elas se tornam mais intensas e em horários não habituais. Outro sintoma é sentir falta de ar em atividades cotidianas com muito ou pouco esforço, como enquanto toma banho ou está em repouso. Além disso, também é possível sentir dores no peito, apresentar pneumonias de repetição, rouquidão por mais de uma semana, perda de peso significativa, inchaço no rosto ou no pescoço.

Um tumor pulmonar em indivíduos distintos, mesmo que localizado na mesma área, pode ser diferente. Isso se dá pela existência de mutações no gene ALK do DNA do tumor, alterações no gene EGFR ou alta concentração da molécula PDL-1. Para que seja iniciado o tratamento é preciso saber especificamente qual o tipo de tumor, através uma pequena cirurgia, uma biópsia. Só que, para cada forma de mutação, o método de recolhimento do material para exame é diferente. Por isso, o intervalo entre o diagnóstico do câncer e o direcionamento do tratamento correto pode ser demorado. Contudo, quanto mais cedo diagnosticado, maiores são as chances de sobrevida.

O tabagismo continua sendo um grande vilão quando o assunto é câncer de pulmão, entretanto ele não é o único fator que desencadeia a doença. Fatores genéticos podem indicar predisposição ao desenvolvimento da patologia. A fumaça produzida por fábricas, por automóveis e por queimadas, também pode ser prejudicial. É importante ressaltar que não existe uma faixa etária padrão para que o câncer se apresente. Ou seja, não só pessoas mais velhas estão vulneráveis, jovens também precisam se manter informados e tomar os devidos cuidados.