Escrito por Rachel Andrade
Desde cedo fomos acostumados a ouvir no transporte indo para a escola, ou até mesmo em casa durante uma faxina. As pessoas mais velhas, como nossos pais ou nossos avós, nos ensinaram a conviver com esse aparelho que traz entretenimento e informação todos os dias. Não é à toa que o rádio ainda é um dos meios de comunicação mais utilizados em muitas partes do mundo, inclusive no Brasil. Por incrível que pareça, apesar das gerações mais novas estarem cada vez mais conectadas em plataformas de streaming e podcasts, o rádio ainda é consumido por mais de 80% da população brasileira, segundo pesquisa anual produzida pela Kantar IBOPE Media em 2022.
Celebrado mundialmente no dia 13 de fevereiro, o rádio tem uma história que data desde meados do século XIX, do outro lado do Oceano Atlântico, em Londres. No ano de 1896 foi fundada a primeira empresa de rádio na capital inglesa, e isso influenciou o modo como as pessoas se comunicavam e recebiam informações - antes só existia jornal impresso.
Chegada ao Brasil
Foi relativamente rápida a popularização do rádio, tendo em vista a velocidade com que as coisas se espalhavam no início do século XX, e em 1922 o rádio chega oficialmente ao Brasil, e a primeira transmissão feita foi de um discurso do então presidente da República, Epitácio Pessoa, no dia 7 de setembro.
Em poucos anos, o acesso a aparelhos de rádio foi ficando cada vez mais fácil no país, e por volta da década de 1950, já era possível encontrar o aparelho na maioria das casas.
Transmissão de futebol
Uma das tradições que o rádio proporcionou à nação foi a possibilidade de acompanhar partidas de futebol apenas ouvindo. A paixão nacional se espalhou muito mais rápido, e se tornou parte da cultura graças às primeiras transmissões do esporte pelo rádio. A primeira narração foi ouvida em 1932, mas apenas em 1955 foi feita a primeira transmissão ao vivo.
É fundamental pontuar uma curiosidade sobre o rádio nesse ponto: até os dias atuais, a melhor forma de acompanhar uma partida de futebol é pela transmissão radiofônica. Devido aos códigos chegarem via satélite, a informação chega na mesma hora em que é enviada, então é possível saber que um time fez o gol antes de quem assiste pela TV, por exemplo. Incrível, não é?
Conteúdos diversos
Com o intuito de chamar a atenção do público geral para adquirir um aparelho novo, a programação no rádio contava predominantemente com músicas e outras formas de entretenimento. As radionovelas se popularizaram nessa época, e a primeira, “O Direito de Nascer”, foi transmitida em 1951.
A partir de então, a grade foi se expandindo, e os intervalos das radionovelas tinham de ser preenchidos com alguma coisa. E, como todo veículo de informação, o rádio não sobreviveria tanto tempo sem a eterna parceira da comunicação social: a publicidade. Empresas de diferentes segmentos passaram a divulgar seus produtos e serviços, e isso retinha a audiência conectada o dia inteiro nos aparelhos.
Notícias em primeira mão
Com a popularização do rádio nessa época, não demorou muito para que grandes nomes começassem a despontar na grande mídia radiofônica. Um dos mais marcantes na frente das notícias jornalísticas foi o “Repórter Esso”, que narrava os fatos mais importantes do dia para todo o Brasil. Com o passar do tempo o radiojornalismo se tornou não apenas uma vertente da profissão, mas uma carreira completa em si, e consolidada para quem busca trilhá-la com afinco.
Agora que você conhece um pouco mais sobre a história do rádio no Brasil, e como ele influenciou a comunicação no país, conta para a gente qual a sua emissora favorita, e quais tipos de conteúdo você mais escuta, seja AM ou FM.
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