Por Maya Santos
Chegamos ao final de ano e também às festividades natalinas. No Brasil, importamos alguns elementos como luzes, árvores, presépio e até mesmo o peru, como símbolos que representam o Natal. Mas, você sabia que existem outras tradições que também tem forte significado nesse período do ano? Não. Então, continue a leitura para descobrir.
Muitas pessoas ainda não conhecem, mas o Kwanzaa, o famoso “natal africano”, é um feriado pan-africano criado nos anos 60 por Maulana Karenga com o objetivo de fortalecer os valores e celebrar a união dos afro-americanos com base em costumes do continente africano.
Em geral, o Kwanzaa significa primeiros frutos e celebra a colheita, fartura e a comunidade. E claro, a festa possui seus próprios símbolos, como canções, danças, batucada com tambores africanos, leitura de histórias e poesias, além de uma grande refeição tradicional que dura sete dias, começando no dia 26 de dezembro e terminando no dia 1º de janeiro. Um período de resgate da ancestralidade e fortalecimento das comunidades negras em diásporas.
Em cada um dos sete dias de festividades é celebrado um princípio herdado da cultura africana. São elas: Umoja (unidade); Kujichagulia (autodeterminação); Ujima (trabalho coletivo e responsabilidade); Ujamaa (economia coletiva); Nia (propósito); Kuumba (criatividade); e Imani (fé). Para cada dia uma vela, três vermelhas, três verdes e uma preta, no meio. Ao final da celebração as crianças ganham três presentes, sendo um livro, um item da ancestralidade africana e um brinquedo.
Mas, além dessas tradições, o Kwanzaa trás a possibilidade de experimentar pratos diferentes e que você pode reproduzir com facilidade.
Para compartilhar o preparo dessas iguarias com gostinho de ancestralidade, entrevistamos a cozinheira Tayná Maysa, 27 anos, fundadora da Dùn Ajeun. Para ela, o Kwanzaa é “uma estratégia de lembrança das nossas ricas memórias ancestrais, pois os princípios e valores que envolvem a celebração tornam-se uma riqueza imensurável do que de fato o que é viver em coletividades e potência sobretudo individuais”.
“Nossa cozinha sempre foi fonte de partilha, desde o início na cozinha não tem regra mas há partilha o tempo todo, nos mantemos o cuidado de cada ingrediente que utilizamos alimentando o ará (corpo) e o ori (cabeça) com conhecimento sobretudo mostrando para nossos clientes, admiradores e amigues que a culinária afro diaspórica não se faz apenas com dendê e acarajé, principais alimentos que nutriram e nutrem nossos irmãos e irmãs negras”, explicou a cozinheira Tayná Maysa, sobre a relação da sua cozinha com o Kwanzaa.
Aposto que sua curiosidade só aumentou, né? Então, confira as receitas e o passo a passo de cada uma delas pra você arrasar na sua ceia natalina deste ano. Anota tudo e boas festas!
Eaí, você gostou dessa dica? Aqui na Uninabuco você verá dicas como essas e também pode aprender técnicas para levar qualquer pessoa a uma viagem culinária gostosa. Para isso, aposte na sua qualificação em 2023 no curso de Gastronomia. Vem para Uninabuco!
Comentários