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Conheça 5 linhas pedagógicas adotadas nas escolas

Os métodos de ensino podem ser diferentes a depender da escolha da instituição
Henrique Nascimento Por: 10/01/2018 - 09:12 - Atualizado em: 10/01/2018 - 09:19
Conheça 5 linhas pedagógicas adotadas nas escolas/Freepik
A linha pedagógica adotada define a metodologia do ensino
As linhas pedagógicas correspondem as metodologias que resultam em ações práticas no processo de ensino e aprendizagem. Elas podem ser adotadas pela instituição educacional ou de forma individual por um pedagogo. Filósofos, psicólogos e profissionais da Pedagogia são exemplos de especialistas que contribuíram na formulação dessas linhas. Apesar de também serem empregadas no Ensino Superior, é na escola onde se costuma observar a atuação mais direta de um ou mais métodos pedagógicos. Por isso, é importante compreender como funciona cada uma das linhas pedagógicas, uma vez que elas estarão contribuindo na formação da criança e do adolescente enquanto indivíduos. Separamos cinco delas para que você entenda como o ato de educar pode ser feito de diferentes formas. Confira!

Linhas pedagógicas:

Tradicional

A linha pedagógica tradicional teve início no século XVIII e ainda é a mais utilizada nas escolas brasileiras. A partir dela, acredita-se que a para um aluno se torne questionador, é preciso que ele tenha uma base sólida de informações. O professor atua como figura que tem poder sobre os alunos. As aulas costumam ser expositivas com exercícios de repetição para fixação dos conteúdos. O objetivo dessas escolas, desde a educação básica, é preparar o aluno para o vestibular.

Democrática

Alunos, pais, professores e demais funcionários escolares têm direito de participação na instituição de ensino que adota a linha pedagógica democrática. Por ser uma corrente libertária, ela diverge da concepção tradicional e coloca o aluno como figura central do processo de aprendizado e o professor enquanto um facilitador. Os conceitos de democracia e cidadania são empregados através de pesquisas a respeito do ambiente escolar e assembleias com todos os envolvidos no processo educacional. 
 
O grande diferencial é que os alunos não precisam seguir um cronograma padrão de aulas, eles escolhem o que desejam aprender de acordo com o que os interessa. A psicopedagoga Maria Elaine Monteiro pontua que a proposta governamental do Novo Ensino Médio, onde os alunos podem escolher parte da grade de estudos, tende a seguir parcialmente essa linha.

Montessoriana

Criada pela italiana Maria Montessori, essa metodologia educacional se baseia na experiência e na abstração. A ideia é de que o aluno tenha em sala materiais que estimulem a aprendizagem e que ele escolha o que deseja aprender naquele dia, assim cada um se desenvolve em seu ritmo. No entanto, é preciso cumprir alguns módulos obrigatórios para evoluir de um classe para outra. As salas de estudo costumam ter no máximo vinte alunos, os métodos de avaliação podem variar, sendo possível uma avaliação baseada unicamente nos registros do professor em relação ao progresso do aluno.

Construtivista

A linha pedagógica construtivista busca desenvolver o conhecimento do estudante através da formulação de hipóteses e resolução de problemas. Nesse contexto, o conteúdo não é transmitido unicamente do docente para o aluno, é dada ênfase na questão cognitiva, a fim de que o estudante desenvolva sua autonomia. Os métodos de ensino vão além das aulas expositivas com a utilização de elementos artísticos, por exemplo. O objetivo é que o aluno por meio dos conhecimentos que já possui aprenda algo novo.

Waldorf

Organizada em ciclos de sete anos, a linha pedagógica Waldorf foi criada pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner. O objetivo é trabalhar o aluno de maneira holística, ou seja, considerando ele com um todo, o seu corpo, sua alma e seu espírito. Os ciclos são os seguintes: de 0 até os 7 anos de idade, dos 7 aos 14 anos e o último que vai dos 14 anos até que o aluno chegue aos 21. Para cada uma dessas etapas há um tutor que não muda. A alfabetização só é iniciada no segundo ciclo. Esse método não pressupõe avaliações tradicionais, a evolução entre os ciclos se dá por anotações feitas pelo tutor. Também não é permitido repetir um ciclo, uma vez que cada etapa de aprendizado acompanha o tempo biológico do estudante.

Existe uma única linha pedagógica correta?

De acordo com Maria Elaine Monteiro, psicopedagoga, não existe uma linha correta para seguir. “Eu acredito numa mesclagem delas de uma forma coesa, mas que seja pertinente para o processo dessa criança, desse estudante”, afirma ela. No entanto, Maria Elaine destaca que a atual estrutura educacional brasileira agregada a fatores políticos, econômicos e sociais inviabiliza a aplicação de algumas dessas linhas nas escolas. Apesar de existirem pesquisas sobre a aplicação delas, ainda é necessário uma maior execução prática. “[...] É no chão da escola que a gente vê o resultado final. Os estudantes com seus anseios, as suas ideologias, as suas concepções de vidas, [...] nós precisamos verificar muito onde estamos pisando para que dê certo”, conclui a psicopedagoga. 
 
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