Blocos de carnaval de Recife e Olinda que contam histórias

Que o carnaval é um dos eventos mais importantes no calendário brasileiro ninguém duvida. Mas além da alegria e das festas proporcionadas pelos dias de festa, há muita história a ser contada. Para conhecer um pouco sobre o assunto, confira algumas curiosidades contidas nos blocos que celebram a folia de Momo.

 

O bloco teve início em 1977, período em que os organizadores passavam a madrugada organizando os preparativos para sua saída no carnaval seguinte. Em 1978 o Galo saiu pela primeira vez, às 5h da manhã, pelas ruas do Recife. A popularidade do bloco cresceu em poucos anos, chegando ao livro dos Recordes em 1994 como o maior do mundo. Desde então sua fama só cresceu, reunindo mais de 2 milhões de foliões a cada ano.

 

A Troça Carnavalesca Recreativa Pitombeira dos Quatro Cantos fica localizada no sítio histórico de Olinda. Sua história é longa, tendo sido inaugurada em 1947. Mas hoje em dia, ela é conhecida pela escolha da data que dá início ao período oficial de prévias. O Dia da Independência do Brasil, 7 de setembro, é marcado no calendário para o primeiro desfile da troça. Ainda é celebrado o início do verão, e isso explica a escolha da data, por ser no mês que também marca o início do verão.

 

No mesmo ano que o Galo da Madrugada começou a ser pensado foi também a primeira saída do Grêmio Lítero Recreativo Eu Acho é Pouco. O contexto da ditadura militar, em vigor em 1977, foi uma das pautas principais em que os fundadores pensaram na criação do bloco. A escolha do nome faz uma brincadeira com a situação política e econômica em que o país se encontrava. Além disso, as cores amarela e vermelha foram escolhidas pelos fundadores devido ao longo debate na época em relação ao comunismo.

 

Olinda é conhecida, no carnaval, por seus blocos irreverentes, e o Elefante não seria diferente. Datado oficialmente de 1952, a agremiação branca e encarnada sai às ruas do sítio histórico desde sua inauguração. Seu maior legado é o hino, que se tornou hino extraoficial da cidade, e é cantada por todos os blocos, tanto em Olinda quanto em Recife.

 

Há cerca de 90 anos, surgiu uma lenda nas ruas de Olinda. Um homem andava pelas ladeiras da cidade, vestindo um paletó verde, cartola preta, um dente de ouro em destaque na boca, em busca da sua “dama da meia noite”. Não levou muito tempo para que o mito se tornasse bloco, além de ter sido agraciado com o primeiro boneco gigante do litoral pernambucano. O Homem da Meia-Noite fez iniciar a tradição dos desfiles de bonecos gigantes na cidade, e faz parte das atrações carnavalescas.

 

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