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Você conhece um dos países mais felizes do mundo?

A ONU proclamou 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade. De acordo com a organização, sentir-se feliz é direito de todos
Marcele Lima Por: 19/03/2019 - 17:46
Você conhece um dos países mais felizes do mundo / Pixabay
Você conhece um dos países mais felizes do mundo / Pixabay

O que é felicidade? Para muitas pessoas esse pode ser um sentimento relativo. Dependente de outros sentimentos e momentos da vida e do cotidiano. O dia Internacional da Felicidade foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2012, depois de uma reunião que tratava do assunto. Serviu de inspiração para data a iniciativa do Butão, país asiático que trata a felicidade de seus habitantes como fator primordial para desenvolvimento local, adotando como regra a “Felicidade Nacional Bruta”, acima do Produto Interno Bruto (PIB).

O motivo da ONU em proclamar o 20 de março como dia da Felicidade é nobre. O órgão acredita que o sentimento é um direito de todo ser humano e pode contribuir para elevação até dos índices econômicos dos países que a incentivam, além de ser uma ferramenta de mudança social.  

O índice de felicidade, conhecido como FIB, praticado pelo pequeno país ao sul da China, é composto por dez pilares: educação para a inclusão social, preservação e promoção dos valores culturais, resiliência ecológica, boa governança, vitalidade comunitária, saúde, desenvolvimento sustentável, diminuição da jornada de trabalho, esporte, igualdade entre gêneros e liberdade de pensamento.

Conheça agora cinco motivos que fazem com que o Butão seja conhecido como lugar mais feliz do mundo e ter inspirado a ONU a criar um dia para nos lembrar a importância da felicidade:

Reflexões sobre a morte

Parece estranho, mas os butanenses têm neste ritual uma forma de valorização à vida. Eles pensam ‘no fim’ pelo menos 5 vezes ao dia. Para eles, muitos ocidentais sequer param para pensar na possibilidade de uma debilitação por doenças, que dirá em deixar o corpo físico. Para o povo do Butão, pensar sobre o assunto faz com que se busque viver o momento, sem pensar no medo de perder ou de deixar alguém. A morte faz parte do dia a dia dos moradores, que desenvolvem dezenas de rituais de despedida, até envolvendo as crianças, para que todos estejam preparados quando momento inevitável vier. Eles reservam 49 dias para o luto, realizando celebrações, que fazem com que a dor do momento seja extravasada. O fato é que eles não são pegos de surpresa e não se sentem como normalmente um cidadão que não segue seus preceitos se sentiria.

A Religião

O Reino do Butão é quase todo Budista, cerca de 20% da população segue o Hinduísmo, mas todos convivem na paz. O budismo praticado pela maioria faz com que o país tenha uma atmosfera de calma e busca por um bem estar coletivo. Os adeptos da religião acreditam no Karma, na reencarnação. Para eles quem vive uma vida no caminho do bem e das boas práticas está no caminho mais próximo da iluminação espiritual.

O meio ambiente

No Butão vivem menos de um milhão de pessoas. O país está localizado em meio às montanhas do Himalaia e diferente dos vizinhos próximos, como Índia e China, não sofre com a superpopulação, poluição e problemas decorrentes do crescimento urbano superestimulado. A natureza selvagem e preservada, com florestas e animais protegidos, além dos rios limpos, ajudam a os moradores do país a terem uma alta qualidade de vida. Para visitar o Butão, por exemplo, os turistas precisam contratar uma agência, que se encarrega de fazer a programação, visando o controle de entrada de pessoas no país, que podem descaracterizar e provocar danos ao local.

Turismo como fonte de renda

A segunda fonte de renda oficial do país é o turismo. Quase toda população fala inglês, matéria obrigatória na escola. Para conhecer o Butão cada turista paga aproximadamente $65 por noite em imposto, que são direcionados para financiar a educação e a saúde, que são universais e públicas. Logo de cara os visitantes encontram no aeroporto funcionários cordiais e com humor, quase raro neste tipo de serviço. Eles usam trajes típicos e trabalham de maneira a tornar a passagem das pessoas pelo local ágil e sem problemas.

O Butão também vive da exportação de eletricidade para Índia, de onde vem a maior parte da renda.

Relações sociais

Em muitos lugares do mundo a hierarquia, as divisões de classes sociais são seguidas ‘a pau e ferro’. Em grandes nomes do corporativismo mundial, por exemplo, muitos funcionários de cargos inferiores passam despercebidos por superiores. Em lugares como Índia as divisões de castas separam quem pode e quem não se relacionar. No Butão, os cidadãos buscam viver a ideia de serem iguais nos convívios sociais. Por mais que exista a figura da realeza, os poderosos do país, eles buscam ter contato uns com os outros, ao menos serem cordiais e educados.

“O Produto Nacional Bruto não permite [computar] a saúde das nossas crianças, a qualidade da sua educação ou sua alegria ao brincar. Ele não inclui a beleza da nossa poesia ou a força dos nossos casamentos, a inteligência do nosso debate público ou a integridade dos funcionários públicos. Ele não mede nem nossa astúcia nem nossa coragem, nem a nossa sabedoria nem os nossos aprendizados, nem nossa compaixão nem nossa devoção ao nosso país. Ele, em resumo, mede tudo, exceto aquilo que faz a vida valer a pena.” – Robert Kennedy, 18 de março de 1968.

E você acredita que este fatores fazem do Butão o país mais feliz do mundo? O que faria de você uma pessoa mais feliz?

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