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Professor, saiba como calcular o custo de aulas particulares

Alguns profissionais têm dúvidas acerca do valor cobrado pelo serviço e o que devem levar em consideração ao falar de preço com os pais ou discentes
Por: 11/09/2018 - 07:56 - Atualizado em: 12/09/2018 - 07:58

*Por Elaine Guimarães

Para além da convencional sala de aula e corredores de instituições públicas ou particulares, os professores enxergam e investem nas aulas particulares como forma de empreender. Com horários flexíveis e contato direto com as necessidades de cada aluno, essa atividade pode ocorrer na casa do contratante ou docente. No entanto, iniciar nesse mercado autônomo, que vem atraindo cada vez mais pessoas, requer organização e planejamento. Muitas vezes, os profissionais têm dúvidas acerca do valor cobrado pelo serviço e o que devem levar em consideração ao falar de preço com os pais ou discentes.

De forma simplista, para o professor que deseja começar a lecionar nesta modalidade é fundamental realizar uma pesquisa de mercado. Procurar uma média dos custos cobrados por diferentes docentes particulares em um recorte regional ou de bairro, caso seja necessário. Assim, os futuros rendimentos também irão basear-se nas despesas pessoais do docente, ou seja, a partir dos gastos mensais.

Além disso, deve-se levar em consideração os materiais utilizados durante as aulas e os gastos com mobilidade, caso haja a necessidade de ir ao domicílio do aluno. Vale salientar que professores que lecionam disciplinas do ensino superior ou uma língua estrangeira pouco comum, como alemão, russo e mandarim, podem cobrar um valor mais elevado. Assim como profissionais que executam esta atividade há dois ou mais anos também podem justificar o preço mais elevado pelo tempo de experiência.

Algumas plataformas digitais auxiliam os professores a gerenciar os recebimentos e no processo de cobrança, o que facilitará na organização e otimização do tempo. Ademais, as formas de pagamento se transformam em um diferencial no momento da contratação. Logo, é preciso ter em mente que nem sempre os alunos ou pais farão o pagamento à vista e montar estratégias para o recebimento parcelado ou cheque.

Outro ponto está relacionado à flexibilidade de horário. Os profissionais devem estipular quantas horas-aula oferecerá por semana, respeitando o limite do próprio corpo e evitando sobrecarga. Para os mais cautelosos, um contrato também é uma alternativa para não ter surpresas durante a prestação de serviço. Nele, o professor particular poderá estipular prazos, horários e alterá-lo de acordo com a demanda.

Com formação superior em Língua Inglesa, Jéssica Rodrigues dá aulas particulares há nove anos e a ideia surgiu após procura e interesse de ex-alunos. “Sempre recebi recomendações deles [alunos] e de outros colegas professores também. Nunca parei de lecionar. Na verdade, sempre ministrei aulas paralelamente ao meu trabalho, pois, sempre tive paixão por ensinar Inglês, afora o complemento da renda também que é algo sempre relevante. Além das aulas particulares presenciais, algo recente que venho testando e que vem dado muito certo, é o trabalho com aulas particulares utilizando “Skype” e outras ferramentas online”, explica. Atualmente, a docente leciona para 20 alunos tanto na modalidade face to face” com apenas um aluno, como também em pequenos grupos. Para a docente três fatores foram cruciais na precificação das aulas:

  1. Finalidade do estudo - dependendo do objetivo do aluno, há o direcionamento do trabalho com materiais específicos para atender às suas necessidades.

  2. Carga horária - a quantidade de horas-aula ministradas interfere diretamente no preço. "Geralmente, fecho pacotes com meus alunos. Uma aula avulsa, por exemplo, como seria para a revisão de conteúdos para uma avaliação custa R$ 50,00. Quando fecho um pacote mensal com 10 horas, o valor pode ser ajustado para um pacote promocional de R$ 400".

  3. Deslocamento - quando há a necessidade (em aulas presenciais) o aluno arca com estes custos.


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