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Jornada tripla: realidade da mulher moderna

Elas cuidam dos filhos, trabalham e estudam. Em tempos modernos, ser mulher demanda muito esforço e dedicação
Por: Paula Brasileiro 07/03/2017 - 00:00 - Atualizado em: 07/03/2017 - 08:15
Trabalho, estudo e família, é preciso se desdobrar pra dar conta de tudo e alcançar a satisfação pessoal
Trabalho, estudo e família, é preciso se desdobrar pra dar conta de tudo e alcançar a satisfação pessoal

Ela acorda cedo; prepara a primeira refeição do dia para a família; organiza a ida dos filhos pra escola; se arruma para o trabalho; dá um expediente de oito horas seguidas - mal para para almoçar - corre para a faculdade; mais três ou quatro horas de obrigações; volta pra casa; arruma a bagunça do dia e vai dormir só depois de preparar o próximo dia. Esta rotina pode ser encontrada nos lares de inúmeras mulheres brasileiras que se dedicam à família e a elas próprias num ritmo quase frenético. Elas conseguem dar conta da criação dos filhos e da própria carreira em busca de sobrevivência e, além disso, satisfação pessoal e profissional.

A jornalista Adriana Amâncio, de 37 anos, é uma dessas mulheres. Mãe de dois adolescentes, um de 16 e outro de 14 anos, Adriana se divide entre os cuidados com a família, o trabalho e uma pós graduação. Vinda do interior de Pernambuco, ela só pôde ingressar na faculdade de jornalismo aos 30, mas soube conciliar seu dia a dia com os estudos e acabou sendo laureada. A pós, na Faculdade Joaquim Nabuco, foi um prêmio em reconhecimento ao seu bom desempenho.

                             

                             (Foto: Arquivo pessoal)

Adriana conta como faz para dar conta da jornada tripla: "Tenho que administrar bem cada tarefa, otimizando o tempo e buscando empreender bastante dinâmica nas atividades. Se não for assim, a gente cansa e desanima", diz a jornalista. A rotina é bem planejada para poder atender a todas as demandas: "É o seguinte: hora de café da manhã, eu cozinho, a família come junta - faço questão. No estudo, é importante concentração e esforço para adiantar as atividades e aprofundar os conhecimentos. E trabalho é horário comercial, porém pode ultrapassar de vez em quando". Mas ela garante que com a maturidade aprendeu a dedicar o tempo certo a cada coisa, sobretudo à vida profissional: "Hoje consigo impor horários para a produção. Antes deixava o trabalho me consumir bastante, confesso".

Para manter a família unida, Adriana aposta no diálogo. Ela valoriza os momentos em que podem estar juntos e procura estimular o companheirismo dentro de casa: "É super gostoso manter esse clima de amizade entre nós. Outra coisa super importante é conversar, ou seja, compartilhar com eles as minhas experiências de vida. A família é a base de tudo. Temos que mantê-la forte, cheia de amor, ligada, mesmo em tempos de tantas redes sociais, de tanta liquidez". A jornalista garante que o segredo para ter sucesso com uma rotina tão cheia, é priorizar o que é mais importante: "Administrar o tempo por ordem de prioridade, dedicando à família um lugar especial, bem como à saúde e ao nosso interior também. Se não fizermos assim, a rotina nos transforma em reféns e passamos a vida com a frustrante sensação de que não fazemos nada, mesmo fazendo tudo".

Sucesso pessoal

O exemplo de Adriana não é único. A sociedade moderna está repleta de mulheres que se desdobram para cuidar da família e da vida profissional com o mesmo empenho e dedicação. Mas, com tanta correria, como fica o interior desta mulher? A jornalista pernambucana garante que a realização pessoal compensa todo esforço: " É uma integração, ou seja, meu bem estar individual é resultado da soma de tudo isso. Hoje, por exemplo, consigo me ver mais serena, mais reflexiva diante das situações e desafios, o que me deixa muito feliz, pois consigo ver maturidade e uma nova fase da minha vida se formando". E, acrescenta: "O esforço e a correria (dinamismo) tornam a vida bela, dão firmeza ao nosso futuro e fazem com que o nosso prazer em fazer as coisas, em contemplar os resultados seja abundante, ou seja, flua do nosso interior. Isso tem a ver com plenitude e realização. O dinheiro, a manutenção da vida torna-se uma conseqüência inevitável de tudo isso. É bom sentir-se realizado!"

 

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