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Entenda como promover a valorização da comunidade trans

Neste domingo (29) é comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Trans
Por: 27/01/2023 - 17:35 - Atualizado em: 29/01/2023 - 10:02
bandeira trans voando no céu
(Reprodução/Internet)

Por Maya Santos

 

O mês de janeiro é marcado por algumas lutas importantes, dentre elas está o Dia Nacional da Visibilidade Trans, comemorada neste domingo (29). Desde sua criação em 2004, a data tem o objetivo de promover reflexões sobre a cidadania das pessoas travestis, homens e mulheres transexuais e não-binárias (pessoas que não se reconhecem como homens ou mulheres).

Segundo o Dossiê Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras, produzido pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), o Brasil segue no 14º ano consecutivo no ranking de países que mais matam pessoas trans no mundo. Apesar de ter um mês dedicado às pautas e demandas da comunidade trans, a morta não está apenas na forma literal, pois também habita em cada desrespeito aos direitos humanos desse grupo. 

Com apenas 4% das pessoas trans e travestis em empregos formais e constantes processos discriminatórios, o grupo acaba impulsionando o empreendedorismo com protagonismo trans, porém sem mecanismos essenciais que respaldem as iniciativas. “Existe uma lacuna absurda entre o mercado de trabalho formal e a informal. Se não discutirmos o rompimento do capital dentro das nossas pautas sobretudo da pauta transmasculina e parte também da classe trabalhadora, que são pontos relevantes porque o ‘cistema’ não nos dá a possibilidade de manutenção de vida, vemos então uma cultura de apagamento em massa desta população”, analisa Yudi Santos, Coordenador do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades em Pernambuco, e diretor de articulação e projetos do Força Trans FC e militante do Movimento Independente de Homens Trans e Transmasculinidades de Pernambuco (MOVIHT).

Para ele, não a principal necessidade é a garantia dos direitos que possibilitam dignidade à vida das pessoas trans, que vai desde a legitimação do nome até atendimento de qualidade na rede de saúde. “A valorização da vida deve partir da reestruturação de narrativas políticas de espaços, que possam garantir todos os acessos, mas ainda discutindo como contribuímos para a ‘queda do capital’ visto que dentre as atuais condições, enquanto pessoas trans, não se dá oportunidade possíveis para ser um empreendedor ou ter acesso a fonte de trabalho e renda”, completou. 

No entanto, para alcançar os objetivos o caminho ainda é longo. Mesmo com entraves em instância judicial, algumas atitudes podem ser realizadas em prol da valorização e respeito a comunidade trans. Para Yudi, a discussão sobre atitudes positivas da sociedade para com a comunidade deve ser melhor analisada, no entanto elenca: respeito a identidade de gênero; políticas afirmativas; políticas de acessos, políticas públicas e direto ao direto (como ter alimento, moradia, emprego e até mesmo a vida). 

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