
Escrito por Maya Santos
A engenharia é uma área estigmatizada como masculina. No entanto, essa realidade vem mudando à medida que mais mulheres ocupam as cadeiras do curso de engenharia. E hoje, no Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, elaboramos uma lista com nomes femininos importantes no desenvolvimento de projetos que impactam a sociedade e talvez você ainda não conheça. Confira a lista abaixo:

ENEDINA ALVES MARQUES (1913 – 1981)
Enedina entrou na história como a primeira engenheira brasileira e a primeira mulher negra com a formação em Engenharia Civil, em 1945, pela Universidade Federal do Paraná. A engenheira custeou seus estudos até a graduação, trabalhando como empregada doméstica e babá.
No mercado de trabalho, Enedina era constantemente desrespeitada ou discriminada por ser uma mulher negra em uma posição de destaque no mercado de trabalho. Ela liderou diversos peões, operários, técnicos e engenheiros, e ficou conhecida por andar sempre de macacão e com uma arma na cintura. Um dos seus principais feitos foi a construção da Usina Capivari-Cachoeira, maior hidrelétrica subterrânea do sul do país.
AÏDA ESPÍNOLA (1920 – 2015)
Aïda foi uma pioneira engenheira química brasileira. Formada em Engenheira Química pela Universidade do Brasil, além de ter mestrado na University of Minnesota, doutorado pela Pennsylvania State University e se tornou PhD pela Universidad de La Plata.
Ela é responsável por chefiar o laboratório que explorou o primeiro poço de petróleo do Brasil e que foi escolhido pela NASA para analisar fragmentos rochosos extraídos da Lua. A química foi pesquisadora e professora universitária, e uma das fundadoras do programa de Pós-Graduação em Química Inorgânica no Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

STEPHANIE LOUISE KWOLEK (1923 - 2014)
Stephanie Kwolek, engenheira química polaco-estadunidense, que descobriu um polímero que revolucionou a indústria mundial: O Kevlar, fibra de alta resistência mecânica, muito usada utilizada em coletes à prova de balas, carros blindados, aviões, pneus e até mesmo celulares.
A descoberta aconteceu em 1960, devido a isso, quase 40 anos depois, ela recebeu a National Medal of Technology e, em 2003, foi nomeada para o National Women’s Hall of Fame, organização que reconhece conquistas de mulheres norte-americanas.

EDITH CLARKE (1883 - 1959)
Edith é reconhecida como a primeira engenheira eletricista e primeira professora de engenharia elétrica da Universidade do Texas em Austin. Especializada em análise de sistemas de energia elétrica, a engenheira escreveu a Análise de Circuito de Sistemas de Potência AC.
Após formação, Edith encontrou dificuldades para atuar na área, então, trabalhou em dois momentos na empresa General Electric, a primeira como computador humano e a segunda como assistente de engenheiros homens. Em 1921, a engenheira patenteou a calculadora gráfica de Clarke, também conhecida como “Calculadora Clarke”, seu primeiro projeto. Em 1943, publicou seu primeiro livro, intitulado “Circuit Analysis of A-C Power Systems”.
VERIDIANA VICTORIA ROSSETTI (1917 - 2010)
Como a primeira engenheira agrônoma paulistana, Veridiana tornou-se uma autoridade mundial em doenças que acometem frutas cítricas. A segunda mulher a se formar em Engenharia Agronôma no Brasil, Veridiana destacou-se por exercer a profissão no país e, ao longo de sua vida, recebeu vários prêmios nacionais e internacionais.
A engenheira fez especialização nos Estados Unidos, que resultou em oportunidades para chefiar grupos várias comissões técnicas e científicas, nacionais e internacionais, como presidente da International Organization of Citrus Virologists, de 1963 a 1966, também organizou sua IV Conferência, na Itália, em 1966, o Comitê Executivo da Sociedade Internacional de Citricultura, representando o Brasil; e o Comitê Internacional dos Estudos sobre Phytophthora, entre outras.
É sempre bom conhecer quem trilhou caminho antes de nós que estamos nos desafiando ou queremos nos desafiar numa área como engenharia, majoritariamente dominada por homens, mas que percebemos a mudança. Quem afirma isso, é uma pesquisa do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), realizada entre os anos de 2016 e 2018, que revelou o crescimento de 42% de mulheres engenheiras somente aqui no Brasil.
Agora que você já sabe quem são as mulheres que mudaram o mundo da engenharia com sua sagacidade e persistência, que tal se juntar ao time? Então, venha estudar Engenharia na UNINABUCO. Aqui você conta com os profissionais que irão ajudar você a dar os primeiros passos rumo ao sucesso! Clique aqui e saiba mais.
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