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Dose política

Janguiê Diniz - Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo
Assessoria de Comunicação Por: 09/12/2020 - 09:21 - Atualizado em: 11/12/2020 - 11:47
É complicado quando agentes políticos colocam interesses próprios à frente dos interesses da sociedade. Triste ver como isso é recorrente no Brasil, e vem de todos os lados. Em meio a uma pandemia, ainda somos obrigados a presenciar disputas ideológicas e políticas em torno das vacinas em estudo que podem imunizar a população contra o coronavírus. Às vezes, a impressão é que a imunização deixou de ser um assunto de medicina e saúde e tornou-se campo de embate.
 
Há, atualmente, quatro vacinas em estágio de testes no Brasil, algumas delas em estágio avançado. Cada uma com suas particularidades, evoluções próprias e parcerias com diferentes laboratórios. Recorrentemente, levanta-se suspeitas sobre uma ou outra, muitas vezes com informações falsas – as tão famosas fake news. Ao mesmo tempo, aproveita-se de qualquer informação divulgada sobre os testes para capitalizar politicamente, a exemplo dos casos de morte que ocorreram com a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
 
Fica o questionamento: qual o real motivo de uma “guerra” tão forte – e cada vez mais acirrada – em torno das vacinas? Não deveríamos, todos, torcer pelo seu bom desenvolvimento e sua disponibilização à população? Neste ponto, por vezes parece que ninguém se preocupa de fato com o povo, mas com os resultados que o uso ou descarte de determinado imunizante pode conferir a um plano político. Gasta-se muita energia com divergências, enquanto outras questões importantes que poderiam ser tratadas ficam em segundo plano – é importante lembrar que o país não parou, há problemas a serem resolvidos, uma economia a ser recuperada.
 
Em um país com mais de 170 mil mortos e mais de 6 milhões de infectados, urge que consigamos chegar, o mais rápido possível, desde que dentro de padrões mínimos de segurança e eficácia, chegar a um produto que possa frear o avanço da covid-19. Ao mesmo passo, é dever do agente público trabalhar em prol do bem comum: seja convalidando uma vacina comprovadamente eficaz, seja deixando de lado as que não se mostrarem boas opções.
 
É tempo de, realmente, firmar-se um grande pacto colaborativo, em todas as esferas do poder, para incentivar a ciência no Brasil e, com as parcerias de laboratórios internacionais, desenvolver e disponibilizar à população tantas vacinas quanto seja possível, depois dos testes adequados e comprovação de eficácia. E, ao povo, segue a regra do bom senso e respeito ao próximo, mantendo as medidas de segurança enquanto não há uma imunização. Somente juntos poderemos vencer essa batalha.
 

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